quinta-feira, 1 de maio de 2014

Danças Típicas Paraenses

Cheias de sensualidade e cores exuberantes as danças paraenses sempre chamaram atenção por sua vasta variedades de ritmos quentes e chamativos,vou citar os ritmos que conheço e espero que gostem.São estas danças :

Batuque Amazônico
O batuque é de origem Africana. Foi implantado na amazônia na era colonial. Batuque era a denominação geral dada pelos portugueses para toda e qualquer dança de negros da África, ou qualquer dança de tambor, de caráter religioso ou não. No Pará e no Amazonas é a denominação comum para os cultos afro-brasileiros.
O batuque amazônico é uma homenagem para a cabocla Jurema, uma entidade encantada da umbanda que vive no fundo de uma lagoa. Segundo a lenda, a cabocla reina no período da lua nova.
A dança começa com a cabocla Jurema sendo invocada pelos dançarinos, que pedem proteção dela para a Amazônia, região intimamente ligada à entidade por causa da abundância do elemento água.
Carimbó
O nome vem dos índios Tupinambá - CURI (PAU OCO) e M`BÓ (FURADO). Na tradução seria "pau que propaga o som". A influência africana deixou o ritmo do carimbó mais agitado e alegre. A roupa é simples: as mulheres usam saia rodada estampada, blusa de cambraia branca, colares coloridos e uma flor no cabelo. Os homens, calça curta de pescador e camisa estampada. Os dançarinos bailam descalços. Marapanim e Vigia são os municípios mais antigos na execução desta dança.
O ato - A coreografia começa com o homem batendo palmas para a mulher. É o convite para a dança. O grupo forma uma roda. As dançarinas fazem movimento circular com a saia. A intenção é atirar a saia sobre a cabeça de seu par. O papel do homem é evitar que ela consiga. A vitória, dela, seria a desmoralização do homem, que seria obrigado a se retirar do local da dança. A parte mais importante em uma roda de carimbó é a marcação coreográfica de um dos pés sempre à frente do corpo.
Um ponto alto da dança é o momento em que um casal vai para o meio da roda, onde fazem a dança do peru, nessa hora o cavalheiro é forçado a apanhar com a boca um lenço que a parceira estende no chão. Se conseguir pegar o lenço, o homem é aplaudido. Caso contrário, a mulher atira-lhe a barra da saia no rosto e o cavalheiro é forçado a abandonar a dança.
Dança da Angola
Em Belém, no bairro do Umarizal, existia um entreposto de escravos de onde eles eram distribuídos para vários pontos do Estado. A dança da Angola, ou das pretinhas de Angola, é de origem africana e foi trazida pelos escravos que se estabeleceram nas proximidades do rio Tapajós, mais precisamente em Santarém que, juntamente com o Marajó, se transformou num dos principais locais de difusão da dança.
É dançada exclusivamente por mulheres, em pares. O movimento da dança baseia-se nos versos cantados pelos músicos. O ritmo e a coreografia referem-se aos trabalhos realizados pelos negros, suas alegrias e suas mágoas.
Dança das Taieiras
 É uma dança estritamente feminina, cultivada no ritual afro-brasileiro. Seria uma variante das congadas do sul do Brasil. Tem uma característica de devoção. É uma espécie de folguedo, dançada em louvor de São Benedito e Nossa Senhora do Rosário. É o chamado “CACUMBI” ou “TUCUMBI” do Folclore Catarinense.
Cultivada em vários pontos do Brasil com o nome de taieiras. No Pará, é praticada principalmente nas regiões onde se instalaram os negros escravos, com mais freqüência em Cachoeira do Arari, na Ilha do Marajó. Por seu ritmo de samba chulado, recebeu a denominação de Chula Marajoara e pode ser denominada também de dança das Talheiras, pois as escravas carregavam água do rio em talhas para seus senhores.
Lundu Marajoara
De origem africana, foi registrada inicialmente na ilha do Marajó. É a mais sensual dança folclórica paraense. O tema está centrado no convite do homem à mulher para um encontro sexual. A dança desenvolve-se, a princípio, com a recusa da mulher, mas diante da insistência do companheiro ela termina por ceder. O "ato sexual" acontece quando o casais realiza a UMBIGADA - movimentos sensuais de requebro.
A movimentação coreográfica é tão plena de sensualidade que, na época do Brasil Império, a Corte e o Vaticano proibiram que fosse dançada. Com o tempo, o decreto caiu no esquecimento e o Lundu voltou a ser praticado, mantendo sua principal característica: a sensualidade.
A dança é acompanhada por instrumentos como rabeca, clarinete, reco-reco, ganzá, maracá, banjo e cavaquinho. As mulheres normalmente se vestem com saias longas e coloridas, blusas curtas com rendado branco. Já os homens vestem-se com calças largas, geralmente brancas, com as bainhas enroladas.
Maçarico
O Maçarico, ave pernalta e arisca, inspirou a dança originária de Cametá. O pássaro habita as margens dos rios paraenses e amazonenses. O movimento coreográfico imita o saltitar acelerado da ave. Há também alguns passos próprios das danças portuguesas.
A dança do maçarico é desenvolvida em pares, com velocidade acelerada.
Marambiré
Surgiu depois da abolição da escravatura e simboliza a esperança dos negros na constituição de uma sociedade livre e justa. De acordo com pesquisas, a dança evoluiu dos cantos de outras manifestações populares de caráter religioso na área do Baixo Amazonas, precisamente em Alter-do-Chão, Santarém.
O Marambiré dançado em Alter-do-Chão mistura elementos religiosos e profanos. O bailado constitui-se numa simples marcha. A coreografia é meio complicada, dançada em pares com ritmo bem marcado. O Marambiré é sempre apresentado no festival do Çairé.
Marujada
Três apresentações marcam a Marujada: a primeira no dia de Natal, a segunda no dia de São Benedito – 26 de dezembro. E a terceira acontece no dia 1º de janeiro. A festa tem a mesma origem que a irmandade de São Benedito: em 1798, quando os senhores atenderam ao pedido dos escravos para a organização da irmandade. Nessa época, foi realizada a primeira festa em louvor ao santo. A manifestação foi mantida e incorporou-se ao lado profano da festa.
A festividade acontece no município de Bragança. Lá, homens "marujos" e mulheres "marujas" percorrem a cidade imitando o balanço de um barco na água. A dança é comandada pelas mulheres e acompanhada musicalmente pelos homens, que usam violas, rabecas, violinos, tambores e cavaquinhos. A Marujada de Bragança é dividida em várias danças, como: Contra Dança, Retumbão, Mazurca, Valsa, Xote Bragantino, Chorado e Roda.
Obaluaiê
A dança, dos cultos de candomblé, surgiu na região Norte na era colonial. A coreografia homenageia Obaluaiê. Segundo a cultura afro, o orixá rege o mundo dos mortos, as doenças de pele. A entidade tem o corpo cheio de chagas, por isso as vestes, feitas de palha, cobrem todo o corpo.
A dança inicia com uma invocação ao orixá que, no sincretismo religioso, é São Lázaro ou São Roque. Depois, o canto é entoado pelo coro, seguindo-se outros temas que invocam a proteção para Obaluaiê.
Retumbão
A festividade em devoção a São Benedito, em Bragança, deu origem à Marujada, e com ela a mais conhecida e importante dança folclórica da Marujada, o Retumbão.
O Retumbão pode ser considerado a dança favorita dos integrantes da Marujada de Bragança. O ritmo seria uma variação do Lundu. Quanto à coreografia, nada tem de semelhante. O ritmo e a forma como é dançado dão-lhe uma característica própria e um isolamento que não permitiu acréscimos de outros ritmos. Tem origem comum à fundação da irmandade da marujada de Bragança, em 1978.
A dança recebeu o nome de Retumbão devido ao entusiasmo dos próprios portugueses que, ao ouvirem de longe o ritmo e a linha melódica, diziam que tudo “retumbava”, elogiando a execução.
A orquestra da dança do retumbão é composta de tambores grandes e pequenos pandeiros, cuíca (onça), rabeca, viola, cavaquinho e violino. Não há canto no retumbão.
Samba do Cacete
O Samba do Cacete surgiu no município de Cametá. Esta dança foi criada para mostrar toda a sensualidade da região. O nome se origina do instrumento que é usado para dar ritmo e marcação à música: os cacetes, dois pedaços de pau que são batidos no Curimbó, para dar cadência ao ritmo.
Siriá
Originária de Cametá, a dança expressa gratidão dos índios e escravos africanos por um milagre. Depois de um dia exaustivo de trabalho, os escravos eram liberados, sob fiscalização, para conseguir algo para comer. Certo dia, foram à praia e encontraram grandes quantidades de siris que se deixavam apanhar facilmente. Em agradecimento, ensaiaram uma dança e deram o nome de SIRIÁ, que narra o fato.
O siriá é uma variação do batuque africano, mas ao longo dos tempos sofreu algumas pequenas alterações. A coreografia traz como principal característica o ritmo lento, no início, que torna-se frenético em seguida. A dança obedece a uma coreografia que evolui ao ritmo dos versos cantados. No refrão, os pares fazem volteios com o corpo curvado para o lado esquerdo e para o lado direito.
O nome Siriá surgiu por distorção lingüística. A influência racial até hoje, em alguns lugares da Amazônia, é refletida na pronuncia de determinadas palavras. Um exemplo está na terminação de alguns nomes: "cafezal" chamam de "CAFEZÁ", "milharal" chamam de "MILHARÁ". A abundância de siris foi batizada de "SIRIÁ".
O siriá possui um vestuário parecido com o do carimbó. As mulheres usam blusas de renda branca, saias rodadas, pulseiras, colares e enfeites coloridos na cabeça. Os homens vestem calças em tons escuros e camisas coloridas amarradas na frente. Eles também usam chapéus de palha enfeitados com flores, que as damas retiram para demonstrar alegria.
Xote Bragantino
O xote é dança de origem húngara e foi trazido para Bragança pela aristocracia da época, ganhando no local novos manejos coreográficos tipicamente regionais. Conquistou peculiaridade e fama pelo jeito bragantino de ser dançado.
Adelermo Matos, no livro “Música na Mata”, escreveu que o xote bragantino é a transformação de uma antiga dança chamada “escocesa”, também conhecida como “valsa escocesa”, e fez muito sucesso por volta do ano de 1830. Foi introduzida na marujada de Bragança como manifestação e louvor, atendendo aos pedidos dos senhores locais.

22 comentários:

  1. Obrigado por tanta informação. ❤️

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  2. eu amei essa pesquisa que eu fiz,tinha tudo que eu precisava

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Pesquise uma dança com raízes africana na região do Marajó numa cidade chamada Portel, num grupo denominado MOJOSR que têm essa dança denominada de ritimado do Mojosr.

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  5. descubra qual é a única dança da sequência de ritmos da nossa quadrilha que tem origem tipicamente paraense quais os movimentos executados Nesta Dança

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  6. Obg pela atenção de me ajudar com que precisava
    Beijinhos da Laryssa😘

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  7. Legal,mas não tinha outra cor não?Em relação ao site?

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  8. Obrgd, me ajudou no eu precisava🤭

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  9. Quais dessas dançam as escolas usam daqui do Pará ?

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